domingo, 1 de março de 2009

Breves apontamentos sobre uma curta visita de quatro dias a Istambul. Ao desembarcar-se no aeroporto Internacional de Atatürk, a primeira sensação é a de que nos encontramos numa urbe moderna, servida por infra-estruturas bastante aceitáveis, tendo em conta a sua localização geográfica (no extremo leste da Europa e já na confluência da Ásia, a Turquia tem fronteira com alguns Países do Médio Oriente com regimes polìtica e/ou militarmente instáveis como o Iraque, Irão, Síria, Libano, Arménia e Grécia). De uma visita limitada no tempo a uma Cidade como Istambul não se pode òbviamente concluír muito, dada a área que esta ocupa de cerca de 1.830 Kms 2 (cerca de vinte vezes a área de Lisboa). A visita ficou condicionada a uma parte de Sultanahmet e Beyoglu e incidiu sobretudo em parte das sugestões do Guia Lonely Planet, designadamente: Mesquita Azul, Aya Sofya, Palácio Topkapi, Cisterna Basílica, Torre Gálata, Grande Bazaar e Bazar das Especiarias.
Das sensações que se experimentam na visita a estes lugares, eu diria que são demasiado interiorizadas e que certamente cada um as sente à sua maneira. Quer a Mesquita Azul quer Aya Sofya são monumentos de extrema grandiosidade e riqueza. O Palácio Topkapi é também magnífico mas desiludiu-me parcialmente pela descontinuação que me pareceu constatar na visita ao seu interior. Com efeito para se passar de uma sala a outra havia que nos deslocarmos sempre ao espaço exterior não se encontrando disponível uma ligação interna entre as várias dependências. Perdia-se assim mais tempo do que era desejável para visitar um Palácio de dimensões gigantescas e porque a visita já começou tarde quando a concluí estavam já a encerrar o Palácio. Também não tive oportunidade de visitar o harém não só porque o acesso ao mesmo era pago á parte e caro como aínda o de já estar a fechar quando ali cheguei. O Bazar das Especiarias é um local que recomendo bem como o Grande Bazaar. Todavia para este -e sobretudo- para quem ali se desloca com o objectivo de fazer compras, recomendo muita dose de paciência e disponibilidade de tempo. De experiência ocorrida alguns anos antes numa deslocação ao Senegal já havia concluído que para se negociar com os povos muçulmanos e/ou árabes é necessária uma infinita paciência pois um negócio envolve sempre uma discussão que se pode arrastar por mais tempo do que desejaríamos...
Os táxis têm uma tarifa nocturna e outra diurna mas não raro os taxistas "esquecem-se" de colocar o taxímetro em tarifa diurna quando efectuam transportes de dia pelo que quem não for atento está sujeito a ver a factura da sua corrida disparar para um valor cerca de 50% mais alta. Na manhã do regresso ao aeroporto pedi na recepção do Hotel onde fiquei que me fosse disponibilizado um táxi. Quando o mesmo chegou cerca das 7h00 da manhã, fiquei com a impressão que o taxímetro estava ligado para a tarifa nocturna mas como o taxista (que se esforçava por ser simpático) pouco mais arranhava que monossílabos em inglês não me foi possível esclarecer de imediato a dúvida. Esta porém foi-se convertendo em certeza á medida que progredíamos para o aeroporto e eu constatava que o valor a pagar se aproximava perigosamente do mesmo que havia pago no percurso inverso (esse de facto realizado á noite), pelo que já muito perto do destino apontei para o taxímetro e esbocei a minha dúvida ao que de imediato ele me retorquiu "no problem". No destino resolvi pagar-lhe cerca de metade do que estava marcado, juntei mais 5 liras depois e finalmente mais duas por indicação dele e assim lá ficámos todos satisfeitos :)
O clima agreste nesta altura do ano (última semana de Fevereiro) torna também a visita menos agradável.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Texto de ínicio

Procurarei que os textos cuja publicação hoje inicio reflitam a minha perspectiva de todos os assuntos que abordarei. A análise que farei representará o meu ponto de vista òbviamente discutível e terá um interesse relativo, certamente mais direccionado para quem eventualmente preze a minha opinião ou por quem a possa subscrever. Procurarei ser honesto comigo próprio e com quem me leia transmitindo uma opinião genuína e independente. Alguns textos serão provàvelmente mais ligeiros que outros e haverá certamente outros que resultarão de meditações um pouco mais profundas. Não haverá também certamente periodicidade fixa na elaboração dos textos. Dito isto, está neste momento escrito o que há de essencial para o ponto de partida... Porque o objectivo não é ambicioso, advirto que possam ocorrer alguns erros de composição, ortografia e/ou pontuação que tentarei, tanto quanto possível, evitar.